Informe discute a influência das corporações na definição da Agenda Pós-2015
As mensagens e as perspectivas das empresas transnacionais e as associações empresariais sobre a nova agenda de desenvolvimento mundial estão centradas no crescimento, no livre mercado e nas novas tecnologias, sem refletir sobre o paradigma que foi o gerador do atual contexto desigualdades
31 de março de 2014
Fonte: Social Watch
O novo informe chamado A influência das empresas no processo pós- 2015 analisa a influência das empresas transnacionais no processo pós-2015. Esta publicação de Brot für die Welt, Global Policy Forum e Misereor oferece uma visão geral dos principais atores corporativos no processo pós-2015 e a maneira como dão forma ao discurso sobre o desenvolvimento. O documento também reclama maior transparência em torno à participação das empresas nos processos da ONU, incluído o seu apoio financeiro às iniciativas das Nações Unidas, assim como uma maior reflexão sobre os riscos de que os interesses privados das empresas impulsionem a agenda de desenvolvimento.
À medida que se aproxima o ano 2015, data limite para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), os Estados membros da ONU começaram as negociações para definir um novo marco de desenvolvimento global. Espera-se que esse processo culmine em 2015, com a definição de uma agenda de Desenvolvimento Sustentável pós-2015. Grupos de interesses corporativos e as grandes corporações transnacionais, como Unilever, Vale, AngloGold, entre outros, participaram ativamente nesse processo. Além disso, o Pacto Mundial proporcionou um canal privilegiado para a influência corporativa no processo pós-2015.
O setor privado tem certamente um papel a desempanhar no futuro do desenvolvimento sustentável. No entanto, as mensagens e perspectivas das empresas transnacionais e as associações empresariais são preocupantes, pois estão centradas no crescimento, no livre mercado e nas novas tecnologias, sem uma reflexão sobre o paradigma que nos levou à atual situação de desigualdade social.
Leia aqui a publicação (em inglês)